Alunos ocupam prédios da Unipampa em São Gabriel e Caçapava do Sul

Estudantes da Unipampa de São Gabriel e Caçapava do Sul decidiram ocupar os dois campi. Eles acamparam nesta quarta-feira e seguirão, pelo menos, até esta sexta-feira nos prédios. Os alunos farão aulas abertas e debates para discutir e pressionar contra os atrasos e cortes de verbas do governo federal, que vêm ocorrendo desde 2015, mas se agravaram no início deste ano. 

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Em São Gabriel, a presidente do Diretório Acadêmico da Engenharia Florestal, Thaís Malta, diz que este ano os estudantes do curso não têm tido viagens a campo para aulas práticas porque a empresa de transportes não recebe, e nos cursos de Biologia e Biotecnologia, haveria aulas suspensas nos laboratórios porque não há dinheiro para comprar reagentes. Segundo um funcionário da universidade, a obra da casa do estudante parou temporariamente devido à falta de verbas.

Nesta quarta-feira à noite, alunos da Unipampa em Caçapava também decidiram ocupar o campus. Além disso, funcionários e professores dos campi de Caçapava e São Gabriel devem paralisar as atividades nesta quinta e na sexta, suspendendo as aulas. São cerca de 700 alunos em cada cidade. 

A paralisação na universidade começou nesta quarta, em outros campi no Estado, e ocorreu depois que a Unipampa propôs a demissão de parte dos funcionários terceirizados de limpeza, segurança, manutenção e transporte. A medida é para atender à decisão anunciada em abril pelo MEC, de cortar 60% das verbas para obras e de 20% para custeio (luz, água, telefone, limpeza e segurança, que estão com pagamentos atrasados).

O Diário não conseguiu contato com a reitoria da Unipampa, mas, segundo funcionários, o reitor estaria em Brasília tentando evitar o corte de verbas e a demissão de terceirizados.